Justiça eleitoral manda cassar mandato do presidente da Câmara de São Gonçalo.
Tribunal afirma que identificou fraude eleitoral para atingir cota mínima de candidatas, esquema que foi tema de reportagem do RJ2 em 2021. Lecinho e outros 40 políticos do MDB vão ficar inelegíveis por oito anos.
Justiça eleitoral determinou a cassação do mandato do presidente da Câmara Municipal de São Gonçalo, o Lecinho, por fraude eleitoral. Ele e outros 40 políticos do MDB vão ficar inelegíveis por oito anos.
A irregularidade ocorreu nas eleições de 2020, quando os políticos do MDB de São Gonçalo fraudaram o cumprimento da cota percentual de gênero. A cassação atinge os 41 candidatos do MDB nas eleições municipais daquele ano.
A legislação eleitoral prevê que 30% dos candidatos de cada partido sejam mulheres. A medida pretende incentivar o aumento da participação feminina na política.
A Justiça determinou a cassação dos registros do atual presidente da câmara, Alecio Breda Dias, o Lecinho, e dos seus três suplentes, Thiago de Araujo Silva, Hugo Correa da Cruz e Alberto Freitas Grillo.
Candidata laranja
Em 2021, o Ministério Público identificou pelo menos uma candidata laranja entre as 13 indicadas pelo MDB de São Gonçalo.
Na época, o RJ2 conseguiu localizar, e o repórter Pedro Figueiredo conversou com Sônia Nogueira, de 60 anos, que concorreu a uma vaga na câmara pelo MDB com o número de 15.031, mas não teve nenhum voto.
"Eu não ia ser (candidata) não, mas eles botaram e não sei o quê e falaram: 'Ah você vai ganhar um dinheiro'", confessou.
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